Olho a cidade
Com suas luzes acesas
Refletidas no asfalto
Molhado pela chuva
Imagens distorcidas
Sugerem fantasmas
De seres etéreos
Que se desfazem na fumaça
As vozes se calam
Mas ainda as ouço
Eles passeiam pelas ruas
Se desfazem na fumaça
Silhuetas conhecidas
Sorriem para mim
Fogem do meu abraço
Estou só, no asfalto
Não, não é sonho
Nem tão pouco pesadelo
É só meu espírito liberto
Comungando liberdade
Não se deixam tocar
Apenas sorriem para mim
Não falam comigo
Mas ouço suas vozes
São tudo o que eu preciso
São tudo o que eu tenho
Meus fantasmas e eu
Eu e meus fantasmas
Refletidos no asfalto
Molhado pela chuva
Iluminados pelas luzes da cidade
Eu não caminho só...
(Nane-17/03/2018)
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