Deixe que eu lhe diga
Do quanto é preciso
Sentir na minha
O calor da tua mão
Assombrada em meu silêncio
Ouço gritos e me assusto
Me perco em pesadelos
Na fumaça do meu cigarro
As letras se embaralham
No reflexo dos meus óculos
Que de encontro a tela em branco
Dificultam as palavras (certas)
Tudo mera "balela"
Da cabeça desarvorada
Que teima em retratar
O não saber o que fazer
O que se foi, não volta mais
O que ficou, nem sempre se percebe
A onda quebra na praia
Meu pé afunda na areia
Meus fantasmas se foram
Sentem medo do meu eu
Me confundo em mim mesma
Talvez o fantasma seja eu
Sem a tua mão na minha mão
Nada mais faz sentido
Dormir, só quando a força se extinguir
Medo...não sinto mais não
A tela, embaçada e ofuscada
Contém um pouco do que sou
Perdoe se o rabisco é confuso
A poesia está (por hora) encerrada
(Nane-28/02/2018)
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