Vaga o pensamento etéreo
Por entre sombras e luzes dispersas
Buscando a certeza de um instante
Diluído em eternas lembranças
Viaja no tempo a saudade
Em busca de um abraço concreto
No aconchego do colo reconfortante
Do cafuné na cabeça pueril
Na voz firme e segura
A condução dos passos infantis
Em linha reta sem temer os obstáculos
Na direção certeira decretada
O tempo fez a confusão
Entre o certo e o errado
O que tinha que ser não foi
E o que era se perdeu no que ficou
Foi o que sobrou de nós
Entre tantos anos idos
Hoje, na renda da cerveja na tulipa
Me pergunto: onde foi que eu falhei
O desgaste de um martírio seu e meu
Degustado em noites de insônia
Passadas sob o fog da fumaça dos cigarros
Que por certo nos levará a um lugar comum
São meros pensamentos
De quem sente a sua falta
Deixando fluir palavras bêbadas
Inspiradas pelas rendas da tulipa
E agora
Sem o seu chamado
Sem minha irritação
Escrevo sem noção...
(Nane - 16/07/2017)
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