Notívago viajo
Na madrugada silenciosa
Onde todos os gatos são pardos
E a certeza se faz dúvida
Economizo o pensamento
Para que não me fuja a vontade
De rabiscar coisa nenhuma
Em palavras sem sentidos
O silêncio angustiante
Cobra o tempo perdido
Nos devaneios ainda mais perdidos
E sem retorno
Caminhada sem destino
Pelas horas que passam
No tic e tac de um remoinho
Pendurado na parede
Viajo sem sair de um mesmo lugar
Sem ir a lugar nenhum
Por caminhos tortuosos
E tão cheios de espinhos
Nas sombras da noite que passa
Mergulho no mais fundo precipício
Sem mão nenhuma para segurar
Deixando psiquê de mim, se perder
Onde vou, pouco importa
Já que o dia me trará de volta
E fará de mim, sensata persona
Pronta para seguir adiante
(Nane- 25/07/2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário