Deixa o poeta beber
Deixa o poeta fumar
Não limite seus sentidos
Proibindo-o de rabiscar
Deixa o poeta em devaneios
Quieto em seu lugar
Onde a utopia se faz poesia
E seus sonhos se realizam
Deixa o poeta mergulhar
Em seu mar de imensidão
Sem nunca, sequer se molhar
Na brisa que vem de lá
Deixa o poeta beber
Nos bagos suculentos de Baco
Sem nenhuma perversão
Combustível etílico de suas emoções
Deixa o poeta fumar
Na efemeridade de seus sonhos
Dando formas à fumaça
Em rimas, prosas e versos
Deixa o poeta beber
Deixa o poeta fumar
Sua vida se resume
Ao ato de escrever
Se é preciso a bebida
Se é preciso o fumo
Que venha a inspiração
No brindar da mesa de um bar
Leia então na fumaça
Do cigarro de um poeta
A poesia contida
Nas formas de sua vida
Deixa o poeta beber
Deixa o poeta fumar...
(Nane- 25/07/2017)
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