Sorve
Minha verve escandalosa
Derramada sem vertentes
No branco do papel
Amassado e posto fora
Pouco importa meus escritos
Que se não são poesias
Desnuda minha alma
Aflita e celerada
Vagando sem destino
Perdeu-se ela em atrofias
De um tempo que não seu
Onde o nada perturba
O tudo que se desmoronou
Num frenesi apoteótico
Embriagada tonteia
Cada vez que tenta se encontrar
Afundando cada vez mais
No espaço entre os tempos
No espaço entre os tempos
Do ser e do estar
Assopra então e manipula
Meus dedos nervosos
Que rabiscam sem se dar conta
Que a autoria não me pertence
É só sugestão do além...de mim
(Nane-28/01/2017)
(Nane-28/01/2017)
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