sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Poeta Obsoleto

Era só um poeta 
Medíocre,  de rimas pobres
Em poesias profanas
Para a musa idealizada

Se achava o tal
E era feliz em seu mundinho
Bastava-lhe o amor
Da que lhe dava inspiração

Mas seus sonhos ruíram
Implodidos num conto
De um infante contador
Infanto juvenil

O bom moço contador
Com porte de príncipe
Profanou todas as poesias
Do poeta cabisbaixo

Abandonou-lhe a inspiração
E a musa encantada
Pelos contos estampados
No peito do contador

Sem mais forças pra rimar
O poeta ultrapassado
Silenciou a poesia
Restando-lhe chorar

Suas noites insones
Outrora rabiscadas
Agora são testemunhas
Das lagrimas derramadas

O infante conta a alegria
Com mistérios e magias
Enquanto o velho poeta
Obsoleto, vê nascer o dia

Sem amor e sem humor
Silencia sua poesia
Para que não nao revele mais a sua dor
Em palavras rimadas e escritas

(Nane-24/10/2014)







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