Tem tantas luzes lá fora
E no entanto me acostumei à penumbra
Elas (as luzes) me irritam os olhos
Cegam-me o olhar
O egoísmo me fez refém
Não me importo com nada e nem ninguém
Minhas lágrimas não se fundem com outras
E meu sorriso é contido...sumido
Acostumei-me com minha solidão
E as pessoas me incomodam
Houve um tempo em que as flores e os bichos me encantavam
Agora não mais...não mais
Não há mais espaço para lamentações
Não há lugar para expectativas
A praticidade virou meta
Pouco importa o que dizem (ou pensam)
A vida é bela sim
Mas não pra mim
Não gosto dela
E nem ela de mim
Nos suportamos como viajantes
Presas numa mesma poltrona
Aguardando o ponto para dar o sinal
No desembarque fatal
Lá fora tem um céu cheio de estrelas
No meu céu...só a escuridão da noite
Mas eu gosto da noite
Mas eu gosto da penumbra...
(Nane-23/10/2014)
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