quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Aposto do oposto

Eu queria ser boazinha
E te falar de flores
Ter no hálito o frescor
Do  orvalho da manhã
E soprar com a suavidade
Da brisa à beira mar
Mas sou lava de vulcão
Que deixa marcas por onde jorra
O vômito que expele
Da nascente interior
Não tenho a luz do sol
Sou a sombra das trevas
Não sou o brilho do raiar do dia
Mas a penumbra do anoitecer
Eu queria ser diferente
Mas aprendi que sou assim
O aposto do oposto
Dia e noite, noite e dia
Sou eu ...sem nada ser

(Nane-20/12/2012)


Nenhum comentário:

Postar um comentário