terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bala de coco


Hoje é dia de bala de coco
A receita eu aprendi
Mas fazer...nunca consegui
Açucarava e dava pouco

Minha mãe tinha braços fortes
E esticava a massa quente
Cenas que me ficaram na mente
Das balas que caiam no chão para minha sorte

Eram encomendadas
Para nós poucos sobravam
Era a venda delas que nos alimentavam
Mas as que caíam...por nós eram confiscadas

Mamãe sorria e eu sabia
Que as deixavam cair de propósito
O chão era o nosso depósito
Estampado de alegria

Suas mãos pegavam fogo
Na quentura da vermelhidão
Ela as vendiam por um tostão
E fingia não se importar com o meu rogo

E quando eu ameaçava a chorar
Depois da encomenda despachar
Ela, uma lata vinha me entregar
E eu, balas de coco ía chupar...

(Nane-01/02/2011)

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