Por onde andam todos
Que de mim fizeram parte
Se perderam no meu silêncio
Se esvaíram na minha inércia
Restaram as sombras
Insinuantes ao vento
Dispersas ao toque
Efêmeras, sem rostos
Jocosas se esvaem
Num bailar sibilante
Entre as nuvens esparsas
De um horizonte contemplativo
Desfazem-se na espuma
Jogada na areia
Das ondas quebradiças
Do mar revolto
Pegadas são o que restam
Das sombras dos que se foram
Mas que por serem apenas sombras
Desaparecem na maré...
(Nane - 14/11/2019)
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