NO HORIZONTE ENFIM

Choramos tanto
Por coisas tão banais
Tão aquém de nós
Por motivos tão reles

Enquanto passa a vida
Só nos damos conta
Que ela se foi
E não tem mais volta

Então choramos
Pelo tempo perdido
Que não volta mais
Desperdiçamos...

Se olharmos para trás
A idiotice ressaltará
No tanto de tempo perdido
Com meras imbecilidades

Feito jumento
O conselho propício
É um antolho bem posto
Rumo ao horizonte

Inatingível, mas propulsor
Na esfera do bem viver
Independente se o querer
É parar para descansar

E o tempo se faz mister
No viver que ainda resta
Corra contra ele
Viva sem pensar

Num olhar mais compenetrado
Fixo num ponto qualquer
Quem sabe, o horizonte
Poderá ser alcançado...

(Nane - 14/01/21)