sábado, 21 de julho de 2018

SOB O CÉU DO INVERNO

Lá fora, sob a névoa da lua
Refletida em halos de luz
Feito um arco-íris noturno
Observo as estrelas no inverno

O mar
Essa incógnita salgada
Desenha sobre a areia amarolada
O manto estrelado de Nossa Senhora

Poeta, poeta...
Porquê nunca aprendestes a amar

Feito a água do mar
Que vem toda noite a areia beijar

Vês a Santa travestida
Com seu manto salpicado
Por estrelas e pegadas
Numa noite de céu estrelado

No entanto não consegues rimar
Em teus versos pouco iluminados
A beleza desse ir e vir
Eternizado nas quatro estações

Talvez seja o mais belo de todos os céus
O desse inverno que teima em ser frio
Afastando olhares percursores
Das noites escuras e sem brilhos

Um após o outro
Meu caminho se desenha
Chafurdado na areia estrelada
Em rastros a lugar nenhum

Poeta, poeta
Porquê nunca aprendestes a amar
Feito a água do mar
Que vem toda noite a areia beijar...

(Nane-21/07/2018)






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