Hoje meus versos prolixos
Perdem o sentido
Tornando as palavras oblíquas
Numa dualidade desconcertante
Hoje sou chuva molhando o sol
Na longa noite do meu dia
Onde o nada se fez tudo
No meu vazio tão cheio
Hoje pouco importa a claridade
Se nem percebo a escuridão
Que tenta me assombrar na madrugada
Mas só consegue virar poesia
Hoje a tristeza virou pó
Na alegria dissimulada
Ou mesmo estimulada
Por essa mesma dualidade
Culpar a solidão
A cerveja gelada
A minha insanidade
É pura bobagem
Não sou o que sou
Apenas o que estou
Fazendo versos ao vento
Transformando-os em documentos (meus)
Hoje meu nome é codinome
Da realidade em devaneios
Em múltiplas escolhas de um destino
Relegado à lugar nenhum
Hoje a loucura tomou forma
Rabiscando em meu lugar
Agora resta saber
Quem é que (essa) irá assinar...
*Sou eu
(Nane - 12/08/2017)
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