Ele passa incólume
Sem se importar por onde
Segue seu rumo sem nenhuma rotina
Sem quase nenhuma percepção
Silencioso, avança com retidão
Sem pressa nenhuma
Sem nunca parar
Feito o rio rumo ao mar
O espelho (esse maldito)
Sempre pronto a delatar
Teima em demonstrar
Marcas em evolução
Ainda outro dia era eu uma menina
Amparada e protegida
Mas ele não parou/ao contrário, andou
Agora sou eu (tento ser) a proteção
Ensinamentos cíclicos
Enraizados na memória
Passando de um para o outro
Em um breve espaço eterno
Simples piscar de olhos
Diante da sua imensidão
Tão imenso à nossa visão
Turva, sem compreensão
Nascer, viver e morrer
Enquanto a sorte nos sorrir
Do nada, deixamos de existir
Quando o nosso...passou
(Nane - 13/08/ 2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário