terça-feira, 18 de outubro de 2016

UM FRASCO DE POESIA


Fujo
Em minhas palavras
Rimadas e ordenadas
Na minha prisão
Buscando na poesia
Caminhos que me levam
De encontro à liberdade

Finjo

Viver, ser e ter
O que não me foi permitido
E no entanto é tão meu
No meu mundo de poeta
Sem limites nem barreiras
Que me foi entregue em dom
Da mais livre imaginação

Vivo
Meu duplo sentido
Sem me fazer entender
Em nenhum dos lugares
Por onde ando e sonho
Confundindo e confusa
Na liberdade da minha prisão

Penso

No volátil etéreo
Prendido e pesado
Perdido e achado
Em meio a inconstância
De seres diversos
Num só frasco

Fujo
Enquanto finjo
Vivo
Enquanto penso...

(Nane-18/10/2016)




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