Olho a lua e vejo nada, ou tudo!
Um brilho diferenciado dos demais dias...
Talvez seja o meu olhar.
Procuro em vão um brilho que vai se apagando
na imensidão do firmamento onde se aloja ela (a lua), com quem tantas e tantas vezes falei...
Se ela me ouviu ou não, não sei. Pouco importa isso, o fato é que falei.
Foram tantas as conversas, que por muitas vezes
a ouvi responder. Foram tantos os motivos para que eu a transformasse num ombro amigo, disposto (ou não) a me escutar, que me tornei íntima (embora ela não) de seu brilho prateado...
Hoje ela veio cheia!
Quem sabe de reflexões, ou mesmo de certezas?
Olhei-a de uma forma estranha, como se fosse
a primeira vez que a visse...
Não ouvi meus "uivos" lamentosos de outrora.
Tão pouco meus sonhos das noites enluaradas.
Quem mudou fui eu, ou foi a lua?
As nuvens a circundam formando um portal
donde ela, resplandecente, brilha incólume!
Vasta beleza na noite quente e iluminada
feito as que vivi em tempos idos.
Era uma lua de poetas e amantes!
Serena e linda como nunca,
a lua cumpre seu desígnio de brilhar
independente de tudo ou de todos,
até mesmo do tempo soberano,
segue ela imponente, em fases ímpares de pura sabedoria,
brilhando, se ocultando, vivendo sem pressa nenhuma
e ensinando quando é chegada a hora de se...apagar.
(Nane-16/10/2016)
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