De que liberdade te falo
Se mi'alma aprisionada
Se cala sem voz ativa
No corpo que fala sem dizer
Em que cave minha gaiola se abriu
Se o vinho fermentado inebriante
Fez perder o rumo da inspiração
Transformando devaneios em metáforas
De que tempo falo eu
Quando o meu finge parar
Num instante que a muito se passou
Refletido num espelho que se quebrou
E meus voos, dantes tão certeiros
Se perderam em rotas sem bússolas
Desgastando minhas asas cansadas
Na busca dessa tal liberdade
O mar, hoje tão revolto
Sem nenhum porto seguro
Me olha sério e desafiador
Como cama que espera o meu deitar
O frio me enrijece os ossos
O sol desponta no horizonte
A cave... gaiola aberta
A tal liberdade me confunde
Se poeta ou gaivota
O tempo não importa
A vida segue em frente
E a gente... vai embora ser livre
(Nane 25/05/24)
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