Uma poesia
Calada
sentida
Calada
sentida
Natimorta
Que sobrevive
No meu íntrínseco
Fala de ti
E de mim
Do que vivemos
Do que sentimos
Do que quisemos
Do que fizemos
Do que nada mais restou
Mas ela insiste
No meu silêncio
Em gritar seu nome
Como se não mais houvesse
Um outro qualquer
Com o que rimar
Em meu eterno poetar
Vive em mim
Uma poesia dissimulada
Que jamais será escrita
Mas com certeza entendida
Por quem causou toda essa tristeza
Contida em meus versos
Suprimidos e sem sentidos
Vive e viverá
A poesia que oprime
Enquanto eu viver
Sem poder escrever
O que de fato quero dizer
E comigo há de morrer
Sem mais ninguém saber
Vive e sangra em mim
Vive e sangra em mim
Essa poesia...oprimida
(Nane - 07/12/20)
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