sexta-feira, 26 de abril de 2019

ENTRE QUATRO PAREDES

Você se foi assim
Sem sequer se despedir
Pouco importou a minha angústia
Não me disse adeus...

Teu cheiro, tua voz
Encruado em minha essência
Sem permitir a liberdade
De qualquer minha vontade

A noite me traz a efemeridade
Da clareza em sua escuridão
 Contida num faxo de luz
Reproduzida por um relâmpago

São meus sentidos reproduzidos
Num momento sem sentido
Onde a fúria e a calmaria
Se revelam em poesia

Meu olhar percorre as paredes frias
Em busca do teu semblante
Retido nas retinas insistentes
Que teimam em te ver a todo instante

Além, muito além daqui
Em algum lugar telúrico
Que sem nunca existir
Faz você viver em mim
(Ainda que sem querer)

(Nane - 26/04/2019)








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