Sou nada além de mim
No abstrato de meus sonhos
Quando a vida me confronta
Com a realidade concreta que me expõe
Antagonista de mim mesma
Em paralelos de vivências
De um ser e de um estar
Num conflito interminável
Estou no protótipo de mim
Em maquete mal arquitetada
Com bases fincadas e concretadas
Num terreno onde nunca consigo ser
Cobram-me atitudes de praticidade
Do que sou sem nunca perguntarem
Se o meu ser efêmero se satisfaz
Com o tudo do que me faz estar
Cobra-me o meu estar
Com o nada dado ao meu ser
Confunde-me essa essa dualidade inverossímil
Contida num íntimo abarrotado
Estou onde e como não quero
No concreto de meus atos
Perfilando sonhos e desejos
No abstrato do meu ser
Vivo o instante em que estou
Sem muito pensar, agindo somente
Num instinto de praticidade
Peculiar e sem vontades
Sonho com o instante de viver
O que quero e desejo
No mais íntimo do meu ser
Sem mais ter que dividir
(Nane-22/03/2017)
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