Refaz teus sentidos
Nas entrelinhas da vida
No rio que corre
De teu côncavo facial
Lava tua alma
Com a água salgada
Salmoura vertente
Do olhar tristonho
Deixa fluir tuas dores
Levadas e lavadas
Pelo rio torrente
Na alma nascente
Refaz tua história
No mangue do rio
Que te serve de adubo
Para a vida contínua
Deixa para a alma
O que dela é
Viva a vida
Que teu corpo (hoje) reveste
Pise em teu chão
Sem andar pelas nuvens
Que efêmeras se esvaem
Te estatelando ao chão
Refaz tua vida
Deixando para trás
Tristezas e melancolias
Transformadas em poesias
Viva o teu dia a dia
Com a volúpia do último
Adormeça tua alma nas cinzas
Sopradas após à morte
À César o que é de César
Ao homem o que é do homem
À vida o que é da vida
E à morte...o que é da morte
(Nane-09/03/2017)
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