Bate coração
Num compasso sereno
Sem a arritmia da paixão
Sem grande emoção
Bate por conveniência
Do corpo que se mantém vivo
E precisa de suas batidas
Em seu leito do sangue que corre
Bate
Sem o descompasso de um turbilhão
Desenfreado e iludido
Pelo desamor...ferido
Bate
Na tranquilidade de sua rotina
Desprovido de sentimentos
Ou lembranças de momentos
Bate coração
Na frieza de tua sina
De ser apenas mais um órgão
Denominado pela medicina
Bate coração
Enquanto forças te restarem
Para que eu escreva estas bobagens
Que aprendi, não são do coração
Cumpra
Com louvor tua missão
De irrigar meu corpo vivo
De poeta sem ilusão
(Nane-23/03/2017)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quinta-feira, 23 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
SER OU ESTAR
Sou nada além de mim
No abstrato de meus sonhos
Quando a vida me confronta
Com a realidade concreta que me expõe
Antagonista de mim mesma
Em paralelos de vivências
De um ser e de um estar
Num conflito interminável
Estou no protótipo de mim
Em maquete mal arquitetada
Com bases fincadas e concretadas
Num terreno onde nunca consigo ser
Cobram-me atitudes de praticidade
Do que sou sem nunca perguntarem
Se o meu ser efêmero se satisfaz
Com o tudo do que me faz estar
Cobra-me o meu estar
Com o nada dado ao meu ser
Confunde-me essa essa dualidade inverossímil
Contida num íntimo abarrotado
Estou onde e como não quero
No concreto de meus atos
Perfilando sonhos e desejos
No abstrato do meu ser
Vivo o instante em que estou
Sem muito pensar, agindo somente
Num instinto de praticidade
Peculiar e sem vontades
Sonho com o instante de viver
O que quero e desejo
No mais íntimo do meu ser
Sem mais ter que dividir
(Nane-22/03/2017)
No abstrato de meus sonhos
Quando a vida me confronta
Com a realidade concreta que me expõe
Antagonista de mim mesma
Em paralelos de vivências
De um ser e de um estar
Num conflito interminável
Estou no protótipo de mim
Em maquete mal arquitetada
Com bases fincadas e concretadas
Num terreno onde nunca consigo ser
Cobram-me atitudes de praticidade
Do que sou sem nunca perguntarem
Se o meu ser efêmero se satisfaz
Com o tudo do que me faz estar
Cobra-me o meu estar
Com o nada dado ao meu ser
Confunde-me essa essa dualidade inverossímil
Contida num íntimo abarrotado
Estou onde e como não quero
No concreto de meus atos
Perfilando sonhos e desejos
No abstrato do meu ser
Vivo o instante em que estou
Sem muito pensar, agindo somente
Num instinto de praticidade
Peculiar e sem vontades
Sonho com o instante de viver
O que quero e desejo
No mais íntimo do meu ser
Sem mais ter que dividir
(Nane-22/03/2017)
sábado, 11 de março de 2017
CAMINHANDO COM A POESIA
Ah, não se iluda
Com as vontades que te domina
Nas noites de solidão
Onde grita alto a carência
E te assola e depressão
A manhã que virá
Te trará uma nova visão
Ou mesmo a necessidade
Do seguir em frente sem tantas bobagens
Do que te passou pela mente
Poeta persistente
Numa só inspiração
Idealizada e sem consistência
Platônica e inverossímil
Faz da poesia pieguismo
A luz do dia te traz de volta
Sem choro e sem vela
Ao concreto de tua cidade
Desmanchando os castelos de areia
Erguidos na beira do mar
Mas a vida como ela é
Por mais dura que possa parecer
É bonita, é bonita e é bonita
Esteja ou seja como é
Vivamos cada minuto intensamente
Ah, essa lua embriagante
Já não tem mais o poder de me enfeitiçar
Tornou-se apenas uma musa
No solo de uma poesia
Que por certo irá nascer
Tristeza ou alegria
São meras palavras proferidas
Em rimas encantadas e planejadas
Pela inspiração dissimulada
De quem escreve por obrigação
Não a de ganhar notabilidade
Ou mesmo remuneração
Mas a de quem sabe que escrever
Compele a alma errante
De quem se diz poeta
Uma só inspiração
Não condiz com a percepção
Deixa em branco a folha vazia
Direciona teus rabiscos
Numa nova poesia
Ninguém pode se tornar
Inspiração exclusiva
Poeta que é poeta
Se inspira a todo instante
E a poesia...segue adiante
(Nane-11/03/2017)
quinta-feira, 9 de março de 2017
REFAZENDO OS SENTIDOS
Refaz teus sentidos
Nas entrelinhas da vida
No rio que corre
De teu côncavo facial
Lava tua alma
Com a água salgada
Salmoura vertente
Do olhar tristonho
Deixa fluir tuas dores
Levadas e lavadas
Pelo rio torrente
Na alma nascente
Refaz tua história
No mangue do rio
Que te serve de adubo
Para a vida contínua
Deixa para a alma
O que dela é
Viva a vida
Que teu corpo (hoje) reveste
Pise em teu chão
Sem andar pelas nuvens
Que efêmeras se esvaem
Te estatelando ao chão
Refaz tua vida
Deixando para trás
Tristezas e melancolias
Transformadas em poesias
Viva o teu dia a dia
Com a volúpia do último
Adormeça tua alma nas cinzas
Sopradas após à morte
À César o que é de César
Ao homem o que é do homem
À vida o que é da vida
E à morte...o que é da morte
(Nane-09/03/2017)
Nas entrelinhas da vida
No rio que corre
De teu côncavo facial
Lava tua alma
Com a água salgada
Salmoura vertente
Do olhar tristonho
Deixa fluir tuas dores
Levadas e lavadas
Pelo rio torrente
Na alma nascente
Refaz tua história
No mangue do rio
Que te serve de adubo
Para a vida contínua
Deixa para a alma
O que dela é
Viva a vida
Que teu corpo (hoje) reveste
Pise em teu chão
Sem andar pelas nuvens
Que efêmeras se esvaem
Te estatelando ao chão
Refaz tua vida
Deixando para trás
Tristezas e melancolias
Transformadas em poesias
Viva o teu dia a dia
Com a volúpia do último
Adormeça tua alma nas cinzas
Sopradas após à morte
À César o que é de César
Ao homem o que é do homem
À vida o que é da vida
E à morte...o que é da morte
(Nane-09/03/2017)
quarta-feira, 8 de março de 2017
O DIA É DELA
Mãe
Sem rima, sem métrica
Poesia viva
Da que em tuas entranhas
Rompeu para o mundo
Se aninhando em teus braços
Protetores e amigos
Mulher
Que na mídia ganha um dia
E na vida perde o viço
Em prol da prole ingrata
Sem nunca se queixar
Continuando a amar
Sem nada esperar
Mulher e mãe
Mãe nem sempre mulher
Quando a precisão te fez homem
Subjugando tua vaidade
Defendendo teus rebentos
Feito leoa aguerrida
Pronta para a batalha
Do que fostes tu, moldada
Não da costela do Adão
Tua força, teus brios, tua determinação
Faz de ti forma divina
Amalgamada com a leveza de tua alma
E a dureza do teu corpo envelhecido
Sublime amor maior
Mãe
Exemplo de mulher
No alto de teus noventa e dois anos
Te reverencio neste dia
( e em todos os da minha eternidade )
Em que denominaram ser o da mulher
Na simplicidade da minha poesia...
(Nane- 08/03/2017)
*Minha mãe aniversariou no dia
03/03 último. Ela é de 1925.
Bjos Mainha!
Sem rima, sem métrica
Poesia viva
Da que em tuas entranhas
Rompeu para o mundo
Se aninhando em teus braços
Protetores e amigos
Mulher
Que na mídia ganha um dia
E na vida perde o viço
Em prol da prole ingrata
Sem nunca se queixar
Continuando a amar
Sem nada esperar
Mulher e mãe
Mãe nem sempre mulher
Quando a precisão te fez homem
Subjugando tua vaidade
Defendendo teus rebentos
Feito leoa aguerrida
Pronta para a batalha
Do que fostes tu, moldada
Não da costela do Adão
Tua força, teus brios, tua determinação
Faz de ti forma divina
Amalgamada com a leveza de tua alma
E a dureza do teu corpo envelhecido
Sublime amor maior
Mãe
Exemplo de mulher
No alto de teus noventa e dois anos
Te reverencio neste dia
( e em todos os da minha eternidade )
Em que denominaram ser o da mulher
Na simplicidade da minha poesia...
(Nane- 08/03/2017)
*Minha mãe aniversariou no dia
03/03 último. Ela é de 1925.
Bjos Mainha!
terça-feira, 7 de março de 2017
VOO FINAL
Alça teu voo, gaivota
Rumo a liberdade
Não a deste mundo
Onde ela não existe
Sobrevoa o mar de teus sonhos
Quando teus grilhões finalmente se romperem
No fechar de teus olhos limitados
Pelos antolhos que a vida (?) te coloca
Será mesmo a morte o fim
Ou apenas um abrir de portas
Para o voo da verdadeira liberdade
Sem o peso da gravidade da massa
Alça teu voo, gaivota
Pelos ares que mais te atraem
Sem culpas, sem medos, sem destinos
Livre de tudo e de todos
Voa sem pouso forçado
Sem cansaço e sem volta
No abrir de uma nova cortina
Num palco renovado
Deixa aqui tua carcaça
Entregue aos vermes daqui
Voa livre e sem medo
Rumo a vida após a morte
(Nane-06/03/2017)
Rumo a liberdade
Não a deste mundo
Onde ela não existe
Sobrevoa o mar de teus sonhos
Quando teus grilhões finalmente se romperem
No fechar de teus olhos limitados
Pelos antolhos que a vida (?) te coloca
Será mesmo a morte o fim
Ou apenas um abrir de portas
Para o voo da verdadeira liberdade
Sem o peso da gravidade da massa
Alça teu voo, gaivota
Pelos ares que mais te atraem
Sem culpas, sem medos, sem destinos
Livre de tudo e de todos
Voa sem pouso forçado
Sem cansaço e sem volta
No abrir de uma nova cortina
Num palco renovado
Deixa aqui tua carcaça
Entregue aos vermes daqui
Voa livre e sem medo
Rumo a vida após a morte
(Nane-06/03/2017)
segunda-feira, 6 de março de 2017
E DE REPENTE...
Tem dias de tantas expectativas
E outros de puras desilusões
Ambas criadas pela imaginação
Podada no confronto realista
Culpas não existem
Talvez essas mesmas expectativas
Sejam apenas o combustível
Da vida sem perspectivas
Desilusões são planos frustrados
Do que foi sem nunca ser vivido
Mas deixado enraizado na lembrança
De quem ousou sonhar...
Findo o recreio
A vida nua e crua nos aguarda
Seguindo na direção determinada
Precisa na prática do dia a dia
Restam apenas as poesias
Mirabolantes ou aplacadas
Pelo estado de espírito do poeta
Inspirado no momento de sua escrita
Deus dá o frio conforme o cobertor
Já dizia minha mãe
Pensei que não aguentaria
Por isso transformei tudo em poesias
O vento que venta lá
Com certeza venta cá
Então deixa a vida me levar
Só não pode a poesia se calar...
(Nane-06/03/2017)
E outros de puras desilusões
Ambas criadas pela imaginação
Podada no confronto realista
Culpas não existem
Talvez essas mesmas expectativas
Sejam apenas o combustível
Da vida sem perspectivas
Desilusões são planos frustrados
Do que foi sem nunca ser vivido
Mas deixado enraizado na lembrança
De quem ousou sonhar...
Findo o recreio
A vida nua e crua nos aguarda
Seguindo na direção determinada
Precisa na prática do dia a dia
Restam apenas as poesias
Mirabolantes ou aplacadas
Pelo estado de espírito do poeta
Inspirado no momento de sua escrita
Deus dá o frio conforme o cobertor
Já dizia minha mãe
Pensei que não aguentaria
Por isso transformei tudo em poesias
O vento que venta lá
Com certeza venta cá
Então deixa a vida me levar
Só não pode a poesia se calar...
(Nane-06/03/2017)
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