Perder o que nunca tive
E pensei ter
Dói tanto quanto não ter
O que sempre quis
Acreditar que era meu
O que nunca me pertenceu
E escutar de viva voz
Que tudo era "mentirinha"
Brinquei de ter
Sonhei em ser
Verdade, estive
Mas...passei
E foi tão meu
Que por tanto tempo acreditei
Abriram-se as cortinas
E o espetáculo se acabou
Não sei se perdi
Ou simplesmente nunca tive
O fato é que agora
Finalmente entendi
Chamar de meu
Quem nunca se deu
Não vale a pena
Melhor deixar seguir
Secaram-se as lágrimas
Já não choro mais
Nos olhos apenas o "desbrilho"
Vagueando sem pousar
Certeza só uma
Te dei o meu melhor
E se alguém perdeu
Esse alguém não fui eu
A dor doeu
E ainda dói
Mas os grilhões partiram-se
E livre...estou
Não tenho vergonha
E no futuro acredito
E se amanhã, ele também desdenhar
Então seguirei só
(Nane-22/12/2015)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
MENTIRA OU ILUSÃO
Refletindo em plena reflexão
Na maior de todas as solidões
Ouço vozes e sorrisos
No quintal vazio
E tão cheio de espectros
Misturas de sonhos
Desejos e vontades
Do que são mentiras e verdades
Quimeras ou realidades
De uma retrospectiva introspectiva
E me vejo criança
Sem maiores perspectivas
Me importando com o agora
Deixando de lado
O sombrio amanhã
As vozes que ouço
De vivos e mortos
Me trazem lembranças
Do que vivi e do que sonhei
Em confusos momentos
Respiro no eco
Das paredes dos cômodos
Vazios e sem vidas
Onde antes habitavam
Tantos seres familiares
No ladrar de um cão
Seguido por outros
A sensação de que a vida
Continua lá fora
Sem comigo se preocupar
A morte da vida
Que vive aquém
Do meu eterno querer
Me fazendo sofrer
Por nunca me querer
A vida sofrida
Por medo da morte
De quem tanto me quer
E de que eu tanto (também) quero
E é inevitável
Se minhas verdades
Não passam de mentiras
Para quem é prático
Sou prática de ilusão
Em forma de coração
Jamais menti
Em minhas verdades
Que se confusas
Foram todas realidades
Em mim vividas
Agora (nesse instante) o silêncio incomoda
E os espectros me fazem companhia
Nessa casa vazia
Onde antes não cabia
Tanta gente que existia
Agora meu peito dolorido
Sente a falta da mão
Que acostumei a segurar
Quando nesses momentos
Me deixava conduzir
Se mentira ou ilusão
É seu meu coração
Se espectros ou imaginação
Em minha casa vazia
Ecoa a bagunça
De uma grande família...
(Nane - 17/12/2015)
Assinar:
Postagens (Atom)