sábado, 30 de agosto de 2014

Percepção

Tempo que faz tempo
Sem nunca fazer nada
Lembranças arquivadas
Em memórias aniquiladas

Histórias e estórias
Contadas sem prosódias
Sem nenhuma misericórdia
Em forma de paródias

Seu tempo em meu tento
Não faz sentido algum
Se existe algum alento
Sou desatento

Seu brilho me ofusca
O meu te desorienta
Antigos patuás
Cantilenas que embaralham

Tempo que passa célebre
Sentidos que se tornam fúnebres
Dores que não saciam
Amores que se perdem

Te ver sorrindo me faz bem
Sorrio da minha própria desgraça
Não ter sabido te ter´
É uma forma de renascer

E ainda que seja triste
Não deixa de ser uma emoção
Dane-se o que digam ou pensem
O amor me invadiu o coração

A noite está fria e escura
A inspiração fraqueja
Rabisco por obrigação
E você...será sempre minha inspiração...

(Nane - 30/08/2014)


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