terça-feira, 29 de julho de 2014

Redemoinhos

Os arranha - céus iluminam a noite fria da metrópole
Que insiste em não silenciar
Desrespeitando o sono dos vadios
Que sem janelas para abafar
Se acostumam ao barulho e adormecem

O Cristo (redentor) se veste de azul
E se esconde sob a névoa
Não sei se pelo frio
Ou por puro charme
O fato é que se mostra misterioso

O vento sopra em círculos
Formando pequenos redemoinhos
Lembrando que o tempo é efêmero
Juntando o passado e o futuro
Num eterno e teimoso presente

As luzes da cidade aos poucos se apagam
Os pais aninham seus filhos
Certos de saberem o que fazer
Não vão repetir seus pais
Pobres e tolos iludidos....

Rasga o céu um avião possante
Avisando que vai pousar
Trazendo gente que chega
Um outro prepara a decolagem
Levando gente que vai

O vento em círculos soprando
A vida se repetindo à gerações
Os jovens renegando os velhos
Um avião que vem
Outro que vai...

(Nane - 29/07/2014)


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