Calou-se a minha voz
Cansada e sem eco
Num silêncio moribundo
De quem não se faz ouvir
Incomoda o meu silêncio
Que não diz o que é preciso
Mas a garganta corroída
Sangra e emudece
A alma, essa louca
Esperneia e grita
Mas não pode ser ouvida
Então, se vê perdida
O tempo, sem nenhum subterfúgio
Passa incólume e soberano
Deixando claro que nessa estação
O trem não mais voltará
Calou-se a minha voz
Que tanto pediu e implorou
Inquietasse a minha alma
Sem conseguir se manifestar
Agora entendeu que só lhe resta rezar
Já que calou-se a minha voz
(Nane-11/08/25)
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