De mim, pouco espero
E me incomoda o que esperam
Sem se importarem com o sacrifício
Que estupidamente faço
Sonhos, sempre os tive
Talvez tenha faltado a disposição
Foi mais fácil julgar a sorte
Culpada de toda minha decepção
Num universo absoluto
Enfrento heterônimos distintos
Destruindo aos poucos a personalidade
Que pensei ser minha
Desprovida de qualquer relevância
Opiniões se digladiam e se misturam
O que importa pouco importa
São meras irrelevâncias
Qual das vozes comanda
O que de fato devo ouvir
Nesse universo obscuro
Não sei, impossível compreender
Ainda que eu pudesse entrar
Dentro do meu próprio eu
Provavelmente me perderia
E seria só mais um
É difícil de entenderem
Que não devem de mim, nada esperar
Meu universo é tão complexo
Que se enche de mim mesma
(Nane-16/01/2018)
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